13/09: o dia em que a cachaça tornou-se símbolo da resistência brasileira contra a dominação portuguesa
Neste 13 de setembro celebramos o Dia Nacional da Cachaça.
13/SET
Aproveitando a comemoração, nós, da Universidade Castelo Branco, passamos por aqui, hoje, para te contar um pouquinho sobre a história desse registro no calendário.
Lá nos tempos do Brasil Colônia, a produção de cachaça já constituía importante atividade econômica por aqui, o que, consequentemente, levou à redução do consumo da bagaceira importada de Portugal.
Claro que os portugueses não gostaram nadinha daquela situação, então, incomodados com o sucesso da aguardente – e por meio de uma Carta Real, de 13 de setembro de 1649 – proibiram a fabricação e a venda da cachaça em todo o território brasileiro.
Dá para acreditar?
A partir disso, indignados com as constantes cobranças de impostos ao longo dos anos e perseguidos por vender a bebida, proprietários de cana-de-açúcar e alambiques decidiram se revoltar – no dia 13 de setembro de 1661 – e tomaram o poder no Rio de Janeiro. Por cinco meses. A ação resultou em um dos primeiros movimentos de insurreição nacional: a Revolta da Cachaça.
É, mas o poder foi restituído e o movimento foi repreendido, com bastante violência. Seu líder, Jerônimo Barbalho Bezerra, foi enforcado e decapitado. Teve sua cabeça pendurada no pelourinho da cidade para servir de exemplo à população fluminense.
Como deu para perceber, a história que envolve a celebração do Dia da Cachaça não tem nada de feliz, mas, é fato, o 13 de setembro oficializa o destilado como um símbolo de resistência contra a dominação portuguesa.
A data foi aprovada em outubro de 2010, pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, como resultado do projeto de lei do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).
[Fonte: www.mapadacachaca.com.br]