"Junho Vermelho": entidades divulgam campanha para estimular doação de sangue
Já nos acostumamos a ver os meses do ano associados a cores para promover campanhas de saúde, certo? Mas será que você sabe o que é o “Junho Vermelho”?
23/JUN
Trata-se de um esforço para estimular que as pessoas doem sangue.
Este ano, em parceria com a Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta), a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) decidiu espalhar grafite para dar maior visibilidade à campanha.
A obra foi realizada em um muro da estação Pinheiros do metrô de São Paulo, localizado no canteiro central, entre as pistas expressa e local da Marginal do Pinheiros.
O grafite pode ser visto por quem passar pelo corredor que integra a Linha 4-Amarela com a Linha 9-Esmeralda, além dos motoristas que circulam pela via. O grafite é do artista Tito Ferrara e tem uma área total de 73,83 m².
Desde maio, as entidades vêm promovendo a campanha “A pandemia parou o mundo. Mas a esperança não pode parar. Doe Sangue. Salve Vidas!”.
O objetivo – como já dissemos acima – é incentivar a doação de sangue.
Já é bem comum que os bancos de sangue de todo o Brasil apresentem defasagem no período de inverno. Mas com a pandemia de covid-19 – que fez com que as pessoas ficassem em casa, com receio de se contaminar – o cenário ficou ainda mais árduo.
Em 2020, por causa do novo coronavírus, houve queda de aproximadamente 20% no número de doações de sangue. “A reposição frequente dos estoques é necessária para tratar anemias crônicas, nos procedimentos de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves.
Queremos mostrar a segurança do procedimento e que há milhares de pacientes que necessitam deste ato de amor”, explica a presidente da Abrale, Merula Steagall.
Para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos. No caso de menores de 18 anos, os responsáveis precisam preencher autorização que tem modelo disponível nos hemocentros.
O (A) doador (a) também precisa pesar mais de 50kg e levar um documento de identidade original, com foto recente. É recomendado ligar no hemocentro ou ponto de coleta mais próximo e agendar um melhor horário, para evitar aglomerações.
É simples, prático, rápido e salva vidas.
Para quem já teve covid-19 e tem dúvida sobre a doação de sangue, a hematologista Sandra Loggetto, integrante do Comitê Médico da Abrasta, explica que essas pessoas podem doar após 30 dias da cura.
É importante saber que algumas outras situações impedem que as pessoas estejam totalmente aptas a doar. Quem teve hepatite depois dos 11 anos, ou aquelas pessoas que têm alguma doença transmitida pelo sangue, como hepatites B e C, HIV, doença de Chagas, doenças causadas pelos vírus HTLV 1 e 2, quem tem malária ou utiliza drogas ilícitas estão impedidas de doar”, acrescenta Loggetto.
Resumindo, não há necessidade de ter medo. A doação é segura. Os locais de doação estão preparados e higienizados para receber o público. Com as restrições da pandemia, há esquemas especiais para evitar aglomerações.
Então? Que tal salvar vidas neste Junho Vermelho com um gesto simples?
Você pode conferir as informações completas da ação e sobre a doação de sangue no site da campanha. Acesse https://www.abrasta.org.br/campanha-doacao-de-sangue/ .
[Fonte: Portal Estadão // E+]