Mundo registra casos de reinfecção por Covid-19. O que muda?

O mundo, definitivamente, está no “pause”. Todos – assustados com a velocidade com a qual a Covid-19 se alastrou pelo planeta – esperam, ansiosamente, pela vacina que vai interromper a marcha do coronavírus e salvaguardar da doença todos aqueles que ainda não tiveram contato com ela. 

Mundo registra casos de reinfecção por Covid-19. O que muda?

17/SET

Sim, porque, os que já foram contaminados, estão – automaticamente – protegidos, visto que já contam com os anticorpos desenvolvidos pelo corpo, certo?

Será mesmo?

Pois é. Parece que não.

A crença que prega o “uma vez infectado já protegido”, foi – como se diz no linguajar corrente – “pro espaço” assim que cientistas de Hong Kong, na China, revelaram ao mundo que um homem saudável, de 33 anos, foi infectado pelo Sars-CoV-2, pela segunda vez, exatos 124 dias após o primeiro diagnóstico.

E não parou por aí. Enquanto o planeta tentava absorver esta péssima notícia, poucas horas após o primeiro anúncio veio o segundo: cientistas da Bélgica e Holanda afirmaram que outros dois pacientes – um de cada país – foram reinfectados pelo vírus, o que aumentou ainda mais o receio que envolve o assunto.

Afinal de contas, e agora? O que muda diante da informação de que há, sim, a possibilidade de reinfecção?

Calma!

Antes de surtar você aí também, a primeira coisa que é preciso ter em mente é que os casos de reinfecção são raros.

E não somos nós que estamos dizendo, são os especialistas.

Luiz Vicente Rizzo, médico imunologista e diretor superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Einstein, convida à ponderação: “É preciso lembrar que temos mais de 7 bilhões de pessoas no planeta e exceções sempre vão existir. Então, considerando que os números confirmados de reinfectados são pequenos, me parece uma preocupação um tanto exagerada neste momento”.

E o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz sobre isso? 

A agência especializada em bem-estar disse, por meio de seus porta-vozes, que é preciso ter cautela neste momento, visto que os casos apresentados não constituem evento regular.

Mas, então, peraí...Quer dizer que, ainda que uma das 150 promessas de vacina em andamento prospere, mesmo assim, pode ser que sigamos reféns das mutações do vírus, capazes de enganar as defesas de quem já teve a Covid-19?

De novo...calma!

Rizzo garante que são remotas as chances de a descoberta mudar os alvos vacinais já estabelecidos.

“Algumas vacinas são desenvolvidas para contemplar alterações ou mutações dos vírus”, assinalou o pesquisador do Einstein. 

Enfim...aguardemos.


[Fonte: Revista Galileu]