Covid-19: teorias da conspiração influenciam mais homens do que mulheres

Pode falar a verdade, ao longo do período da quarentena, você já foi bombardeado (a) por inúmeras teorias da conspiração sobre a origem / propagação (e até mesmo da real existência / ação perniciosa) do novo coronavírus e da Covid-19. Foi ou não foi?

Covid-19: teorias da conspiração influenciam mais homens do que mulheres

21/AGO

A gente sabe que foi.

E vamos dizer mais, se você for homem são bem maiores as chances de você ter lido / ouvido algo do gênero e passado à frente, acreditando piamente, endossando a ideia.

Calma, antes que você fique irritado aí, achando que estamos te chamando de sugestionável, vamos dizer que quem está afirmando isso não somos nós, é a Ciência.

É que um estudo realizado pela Universidade de Delaware (EUA) revelou que os homens são mais propensos a endossar teorias da conspiração relacionadas ao novo coronavírus que as mulheres.

Xiii, Marquinho...E agora, hein?

Publicada na edição de julho do “Politics and Gender”, a pesquisa se baseou em uma análise – anterior – que envolvia republicanos e democratas e demonstrou que o primeiro grupo acreditava mais em teorias da conspiração que o segundo.

Para chegar à conclusão mencionada, a equipe realizou uma pesquisa com 3 mil pessoas e usou 11 teorias da conspiração, que incluíam afirmar que:

A China (ou os EUA) liberou acidentalmente o vírus; estações de base celular 5G estão causando o vírus; Bill Gates está tramando algo para injetar uma vacina na população; os cientistas estão tentando fazer Donald Trump (republicano) parecer ruim ao "exagerar" a seriedade da pandemia.

Adivinha quem acreditou muito mais nessas bobagens e as passou à frente?

Sim! Os homens! De acordo com os resultados da pesquisa, 32,45% deles endossaram ideias conspiratórias contra 22,27% das mulheres.

Segundo os pesquisadores, contribuem para essa vantagem masculina dois fatores: o desamparo aprendido (ou um sentimento de que tudo está fora de seu controle e quaisquer tentativas de agir serão inúteis) e uma tendência a ter pensamentos conspiratórios para explicar eventos e problemas (mesmo usando fatores que não estão associados).

Diante de tal resultado, como se diz por aí, “puxando sardinha” para o lado delas, será a comprovação de que, realmente, o sexo masculino pode até ser – para atividades, digamos, braçais – o dito “forte”, mas, que, quando o assunto tem natureza psíquica, é beeem fraquinho?

Parece que sim...


[Fonte: Revista Galileu]