Saiba quais são as diferenças entre a pneumonia comum e a causada pela Covid-19
Não tem jeito, a palavra do momento é pandemia, não há como escapar do assunto.
15/MAI
É certo que a Humanidade já passou por outras ao longo da sua existência na Terra, mas é certo também que cada mal que nos atingiu tinha lá suas características. A Covid-19, por exemplo, que é a questão sanitária que enfrentamos atualmente, tem como principal complicação a pneumonia. Mas será que você tem ideia da diferença entre os efeitos dessa doença e a pneumonia clássica?
Não?
Nós vamos te explicar.
A Covid-19 apresenta, de fato, características semelhantes com a pneumonia clássica, porém traz peculiaridades que demandam mais cuidado.
As diferenças entre as duas podem ser observadas – basicamente – na evolução dos sintomas, nas complicações e nas características dos exames laboratoriais e de imagem.
No caso da Covid-19, 20% das ocorrências evoluem para síndrome respiratória aguda grave e/ou complicações de coagulação. Há possibilidade também de complicações neurológicas e cardíacas.
Já a pneumonia clássica – principalmente a provocada por pneumococo – muito dificilmente chega a evoluir para insuficiência respiratória, visto que conta com tratamento específico (que inclui antibióticos e vacinação). A pneumonia causada por influenza tem tratamento antiviral e, também, vacina específica, que deve ser tomada todo ano.
A diferença de quadro clínico entre os dois tipos de pneumonia é que, além de ter alta transmissibilidade, o avanço clínico da Covid-19 é mais arrastado e apresenta sintomas
diferentes da pneumonia clássica: tosse seca (pouco produtiva) e febre persistente. Quando esses dois sintomas forem completados por falta de ar é recomendável ficar alerta.
Enquanto os exames de imagem da Covid-19 revelam maior acometimento da periferia e dos terços inferiores dos pulmões (conferindo imagem semelhante a vidro despolido), a pneumonia bacteriana clássica promove consolidação com o desenho dos brônquios, acometendo um lobo ou mais. Neste segundo caso, o quadro laboratorial também apresenta algumas características diferentes (como, por exemplo, marcadores não específicos de inflamação chamados PCR , D-dímero e a diminuição de leucócitos e/ou linfócitos no sangue).
O quadro inclui, também, complicações hematológicas que podem incluir tendência à trombose e demandar o uso de anticoagulantes com dose para tratamento. Alguns pacientes têm complicações neurológicas, como a diminuição do olfato, e cardiológicas (como a miocardite).
Como já assinalamos acima, é preciso prestar atenção aos sintomas para saber quando é hora de procurar ajuda médica. Prostração associada à dor muscular, perda do apetite, do olfato, tosse e febre é indicação clara de que é necessário procurar, urgente, a emergência do serviço de saúde mais próximo.
O atendimento clínico e a realização de exames laboratoriais e de imagem do tórax (especialmente a tomografia) são essenciais para a diferenciação de diagnóstico, para a identificação da evolução e da gravidade da doença. Os dois recursos é que vão mostrar se o (a) paciente que apresenta quadro de pneumonia está infectado pela Covid-19 ou se o problema é resultante de outros agentes.
[Fonte: www.santalucia.com.br]