Reflexões sobre o pós-quarentena

Momento-quarentena.

Reflexões sobre o pós-quarentena

15/ABR

Nesses tempos tão diferentes – e estranhos – não há quem não esteja se perguntando “como vai ser a vida depois que tudo isso acabar?”.

Difícil responder.

O que é claro para todos é que, diante do inimaginável, surgiram três correntes de pensamento: a dos otimistas, a dos pessimistas e a dos céticos.

Os otimistas acham que a reclusão forçada, as privações e outras dificuldades pelas quais passamos agora (e no futuro) vão nos levar a um sentimento mais solidário, fraterno e humano.

Os pessimistas são os que mostram o que de pior pode existir em uma pessoa em momentos de crise. Quando chega, por exemplo, a notícia de que localidade A ou B entrou colapso por conta da covid-19 (o que significa que não existem mais respiradores para pacientes e equipamentos de proteção para a equipe), essas pessoas, facilmente, perdem a cabeça e passam a agir de forma bastante egoísta. 

Fecham a lista os céticos, aqueles que consideram que – ao término da quarentena – ao voltarem para “a vida de antes”, irão descobrir que ela não era, afinal de contas, lá essas coisas.

Independente do grupo no qual nos encaixemos, fato é que muitos, realmente, não terão a vida de antes de volta. Porque se foram, no rastro do novo coronavírus, pessoas, bens e empregos. 

Por ora, a única certeza é a de que quando essa “poeira”, já baixada, for apenas triste lembrança, saberemos que – independente das correntes de pensamento que dividem um país polarizado – a realidade de uma epidemia se sobrepõe a qualquer discurso.


[Fonte: Blog do Luiz Perry // Viva Bem // UOL]