Pesquisa americana confronta ideia sedimentada pela comunidade científica de que autistas não apresentam conexões neurais
Pesquisa – realizada, recentemente, por estudiosos norte-americanos – revelou que o cérebro de crianças com autismo tem mais conexões do que o daquelas que apresentam um desenvolvimento tradicional.
26/FEV
Kaustubh Supekar (professor da Escola de Medicina de Stanford) e Vinod Menon decidiram enveredar pelo assunto a fim de conseguir caracterizar a conectividade do cérebro infantil.
De acordo com a percepção dos cientistas – diante dos resultados colhidos – os neurônios hiperconectados podem explicar o distúrbio mental.
Como foi feita esta pesquisa?
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A dupla usou um dos maiores e mais heterogêneos conjuntos de dados pediátricos de neuroimagem funcional e mostrou que os cérebros de crianças com autismo apresentam hiperconectividade proporcionalmente à acentuação do comprometimento social exibido por elas.
“Nosso estudo aborda uma das perguntas em aberto mais quentes da pesquisa científica em autismo”, disse Supekar.
O pesquisador completou apontando que os estudos realizados sugerem que o desequilíbrio de excitação e inibição dos circuitos cerebrais locais podem – efetivamente – gerar deficits cognitivos e comportamentais observados no autismo.
Tais resultados, publicados no jornal científico Cell Reports, sem dúvida, provocarão agitação na comunidade científica já que, para esta, prevalece a noção de que uma das principais características de autistas é justamente a ausência de conexões neurais.
[Fonte: https://www.uai.com.br]