Desmatamento acentuado, agropecuária e uso desmedido de fertilizantes colocam o Brasil na lista dos países que mais contribuem para o efeito estufa
Há quanto tempo você ouve falar sobre o efeito-estufa e como ele prejudica a vida na Terra?
20/MAR
Há muito tempo, não?
Pois é, mas – embora tenhamos, em uma crescente, nos preocupado mais com o meio ambiente – os números relativos às investidas contra a natureza continuam crescendo. Para se ter uma ideia, no Brasil, entre 2015 e 2016, as emissões de gases do efeito estufa aumentaram 8,9%.
Foi o segundo registro consecutivo de crescimento (o maior desde 2004) e, novamente, a conta ficou mais pesada por conta do desmatamento e da agropecuária.
Tais dados – integrantes do Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa) – foram divulgados no final do ano passado, pela ONG Observatório do Clima.
Os fertilizantes nitrogenados também tiveram sua parcela na emissão de gases no Brasil.
Substâncias aplicadas ao solo – ou tecidos vegetais – para prover um ou mais nutrientes essenciais ao crescimento das plantas, eles resultam em produção de um gás-estufa quase 300 vezes mais potente que o CO.
Dá para imaginar?
O CO, ou monóxido de carbono, é um gás levemente inflamável, inodoro e muito perigoso, por conta de sua grande toxicidade.
O que temos aplicado à terra – ou seja, ao que vamos comer depois – é mais letal do que um gás que, inalado em pequenas quantidades, pode causar dores de cabeça, lentidão de raciocínio, problemas de visão, redução da capacidade de aprendizagem e perda de habilidade manual. Se inalado em quantidades maiores pode levar o indivíduo a morte por asfixia.
E o Brasil está mandando isso para a atmosfera em quantidades cada vez maiores, contribuindo – diretamente – para o aquecimento global.
[Fonte: www.todamateria.com.br]