Engenharia genética: estamos muito perto dos “humanos 2.0”?
Se Darwin fosse vivo hoje, o planeta inteiro estaria à porta dele, fazendo perguntas sobre a seleção natural das espécies e indagando como produzir super humanos para – por meio da manipulação genética – conseguir livrar a humanidade de pandemias como a provocada pelo coronavírus.
17/JUL
Bom, mas, Darwin à parte, vivemos tempos nos quais os estudos de engenharia genética vêm avançando de forma célere e a manipulação de genes tem sido assunto recorrente. Os fins desejados são, no mínimo, polêmicos.
O objetivo maior é a seleção de características desejadas que criariam, assim, os chamados “humanos 2.0”.
Atualmente existem três ferramentas principais usadas na edição de genes: nucleases dedos de zinco (ZFN), nucleases TALE (TALEN) e sistema CRISPR/Cas.
Com esses três instrumentos é possível quebrar o DNA em regiões específicas de acordo com as necessidades do estudo, possibilitando assim a correção de regiões do DNA responsáveis por determinadas doenças, fornecendo-se a sequência correta.
Ufs!
Que perigo tais recursos caírem – como se diz por aí – nas “mãos erradas”, hein?
Já imaginou?
Fato é que, nos últimos anos, o estudo do sequenciamento do genoma humano tem proporcionado avanços fabulosos no que tange ao diagnóstico de doenças. Por meio dessa tecnologia, como já dissemos acima, é possível fazer a leitura de toda a sequência do DNA de cada indivíduo e assim identificar sequências problemáticas, que contenham falhas.
Programas que emitem relatórios baseados em análise estatística já constituem realidade. Eles fornecem informações detalhadas sobre a possibilidade de desenvolvimento de diferentes doenças e, a partir disso, pode-se estabelecer ações preventivas e curativas para evitar ou tratar as condições detectadas pelo exame.
Opa! Então a imortalidade é uma possibilidade?
Muita calma nessa hora...
De certa forma, é quase possível afirmarmos que já conseguimos isso, visto que a engenharia genética já é usada para a criação de embriões humanos, selecionando as informações genéticas manipuladas e visando a criação do bebê perfeito.
É, o primeiro passo em direção à criação dos “humanos 2.0”, perfeitos e imortais, já foi dado. Não há como voltar atrás.
Mas será que esses 2.0 já poderiam “vir” imunes a vírus letais?
Seria bom, hein?
[Fonte: blogdaengenharia.com]