Estudo revela marcadores biológicos no intestino de crianças autistas, abrindo novas possibilidades para diagnósticos mais precisos e intervenções eficazes.
Um estudo recente publicado na revista *Nature Microbiology* revelou que crianças com autismo apresentam um microbioma intestinal (conjunto de microrganismos que habitam o intestino) distinto. A descoberta pode abrir novas possibilidades para diagnósticos mais precisos e objetivos dessa condição. Atualmente, o diagnóstico de autismo é baseado principalmente em observações de comportamento e relatos dos pais, o que pode levar a erros.
Análise de Amostras e Identificação de Marcadores Biológicos: Os pesquisadores analisaram mais de 1.600 amostras de fezes de crianças entre 1 e 13 anos. Eles identificaram marcadores biológicos específicos nas crianças com autismo, incluindo bactérias, fungos, vírus e outros microrganismos. Esses marcadores podem, no futuro, servir de base para ferramentas diagnósticas mais objetivas e precisas.
Uso de Machine Learning para Diferenciação: Utilizando técnicas de *machine learning* (aprendizado de máquina), os cientistas conseguiram identificar diferenças significativas entre as amostras de crianças autistas e de outros grupos. Diferente de estudos anteriores que focavam apenas em bactérias, este estudo também considerou fungos, vírus e processos metabólicos. Foram identificadas 31 assinaturas biológicas que ajudaram a prever corretamente quais amostras pertenciam a crianças autistas.
O Caminho Adiante: Validação e Aplicação Clínica: Apesar dos resultados promissores, ainda há ceticismo na comunidade científica. Mais pesquisas são necessárias para validar a relação entre o microbioma intestinal e o autismo. Além disso, o estudo precisa ser replicado em amostras mais diversas, já que a maioria das amostras analisadas veio de crianças de uma única localidade. Os cientistas enfatizam que este é apenas o início de uma longa jornada, mas a identificação de marcadores biológicos no microbioma intestinal tem o potencial de revolucionar o diagnóstico do autismo, permitindo intervenções mais precoces e eficazes.
Essa descoberta abre um campo vasto para profissionais que desejam se especializar e aprofundar seus conhecimentos sobre o tema. Cursos de pós-graduação podem ser uma excelente oportunidade para adquirir esse conhecimento especializado. Dois cursos particularmente relevantes para os profissionais interessados nessa área são:
• Nutrição Clínica Avançada e Saúde Integral: Este curso é fundamental para profissionais que desejam entender como a nutrição pode influenciar o microbioma intestinal e desenvolver intervenções nutricionais específicas para crianças autistas. A formação oferece uma visão aprofundada sobre como fatores nutricionais podem impactar a saúde intestinal e, por extensão, o desenvolvimento neurológico.
• Fisioterapia Pediátrica: Especialize-se no atendimento de crianças, incluindo aquelas com condições como o autismo. Conhecer as particularidades do microbioma intestinal e suas implicações pode ajudar os fisioterapeutas a desenvolverem abordagens mais personalizadas e eficazes para o tratamento de crianças autistas, promovendo uma melhor qualidade de vida.
Esses cursos fornecem conhecimentos aprofundados e atualizados que são diretamente aplicáveis à prática clínica e ao desenvolvimento de novas estratégias de tratamento. Para mais informações sobre esses e outros cursos de pós-graduação, acesse o site da Pós-graduação Castelo Branco (UCB).
Referência: EXAME. diagnóstico do Autismo. Disponível em: https://exame.com/ciencia/flora-intestinal-distinta-pode-servir-para-o-diagnostico-do-autismo-aponta-estudo/. Acesso em: 31 jul. 2024.