Vamos conversar sobre cachaça?
É, a gente sabe que você deu uma risadinha aí, mas o assunto de hoje é esse mesmo.
Será que você sabe qual é a origem dos nomes pelos quais a bebida é conhecida?
Vamos lá, nós, da Universidade Castelo Branco, te contamos...
Comecemos com o próprio termo “cachaça”. A primeira menção à palavra em questão está na carta de Sá de Miranda (1481-1558), dedicada a Antônio Pereira e estaria se referindo a uma aguardente de uva de baixa qualidade (e não ao destilado produzido no Brasil): “Ali não mordia a graça./ Eram iguais os juízes. / Não vinha nada da praça. / Ali, da vossa cachaça! Ali, das vossas perdizes!”.
Diversas hipóteses apontam para o mesmo fato: a “cachaça” foi oficializada como nome do destilado de cana-de-açúcar brasileiro. E em todos os casos, a bebida é referida como item que já nasceu com complexo de inferioridade.
Seguimos com outro termo, bastante popular: pinga!
A palavra em questão está – historicamente – ligada a uma dose de bebida, especialmente de vinho. Com a interiorização da aguardente em Minas Gerais e a popularização do destilado, o vocábulo “pinga” acabou por ser relacionado ao consumo de uma dose de cachaça. Dessa forma, acabou por se tornar um sinônimo da bebida.
Temos também “cacher”. Já ouviu este termo? Trata-se de um verbo francês, que, em português, significa “esconder”. Por conta de perseguições e proibições, ao longo de muitos séculos, a cachaça era produzida e consumida às escondidas.
Quer mais um nome? Vamos a um bastante curioso: café-branco.
Sim, é isso mesmo que você leu!
Por diversas vezes, ao longo de sua história, a cachaça teve sua produção e seu consumo proibidos. Para enganar a fiscalização, a bebida era consumida nos balcões em xícaras de café. Já imaginou? Para poder consumi-la sem ter problemas, o procedimento era chegar no balcão do estabelecimento e pedir um “café-branco”. A xícara vinha acompanhada do pires, mas sem a colherzinha para mexer.
Fala sério, essa você nem imaginava, hein?
[Fonte: www.mapadacachaca.com.br]