Em tempos de Covid-19, de equipes de saúde atordoadas com o volume de pacientes em estado grave e da Ciência mundial correndo contra o tempo para desenvolver uma vacina eficaz, capaz de estancar o número de óbitos, bem sabemos, tudo é tentativa e erro.
Diante do inimaginável, nada é mais angustiante do que não conseguir ter certeza – ou controle – de absolutamente nada.
Neste cenário hesitante, permeado por imprecisão, cientistas da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, observaram que pacientes, hipertensos, infectados pelo novo coronavírus – e que já usavam remédios do tipo inibidor do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS) – tiveram menos chances de ser internados na UTI, precisar de suporte de oxigênio (com ou sem ventilação mecânica) e de morrer.
Eles revisaram e analisaram 19 estudos já existentes (sobre a relação entre o uso do medicamento em questão e a infecção por Covid-19), com informações de mais de 28 mil pessoas.
Baseada no achado, a equipe produziu estudo – publicado no último dia 23, no "Current Atherosclerosis Reports" – que traz inestimável contribuição para a Medicina, visto que pessoas com pressão alta estão entre os grupos que correm mais risco de ir a óbito se forem infectadas pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).
“Nossa pesquisa fornece evidências substanciais para recomendar o uso contínuo desses medicamentos se os pacientes já os estiverem tomando", explicou o líder do estudo, Vassilios Vassiliou.
Interessante, não?
Mas, atenção, vale frisar que – segundo os cientistas envolvidos – o benefício só foi encontrado em pacientes que já tomavam o medicamento antes da contaminação.
[Fonte: G1 // Bem Estar]