Vamos conversar sobre emagrecimento?
Em tempos de isolamento social eis um assunto, digamos, complexo, já que – em geral – as pessoas, sem ter as atividades cotidianas para ocupar o tempo, acabam por exagerar, especialmente na gordura e no açúcar.
Pois é, mas, à medida que adotamos consumos que geram altos níveis de prazer, mas que ultrapassam o grau de substancialidade voltada à manutenção estável do peso, o que acontecerá?
Nós te contamos: haverá um forçoso distanciamento entre a fome efetiva e o desejo e, a partir daí, o que se observará é uma inevitável sobra calórica, armazenada em forma de...?
Gordura!
Urghs!
Como já dissemos acima, é fato que apresentamos uma predileção especial – e inata – por gordura e açúcar. Isso faz com que desejemos ambos bem mais se compararmos com a fome habitual. Só que, por outro lado, sabemos (estudos já mostraram) que um dos sistemas cerebrais moduladores de nosso humor é o que entendemos como centro da recompensa. Ele codifica resposta afetiva positiva com alimentos de elevada palatabilidade.
Resumindo, o desconforto emotivo causado por incontáveis situações – como uma quarentena forçada, por exemplo – pode ser mitigado com duas “substâncias mágicas”: açúcar e gordura.
A partir daí, fome e desejo se desconectam. Bem fácil. Bem rápido.
E, não se pode ignorar, a excessiva oferta de alimentos ricos em açúcar e carboidratos, aliada à falta das substâncias originadas pelos exercícios constituem os pilares inequívocos da obesidade espalhada pelo mundo.
Muito bem, “quilos a mais na conta” – ops, na balança – o que acontece, comumente, é que lançamos mão de estratégias de emagrecimento sustentado que acabam por nos “apresentar” comprometimentos nutricionais, físicos, psicológicos e médicos. É quando entram em cena “dietas mágicas e shakes milagrosos”, aparelhos revolucionários que entregam o exercício sem esforço físico do usuário, filosofias infalíveis ou, ainda, prescrições de fabulosos micronutrientes que resolvem apenas delírios de quem os prescreve.
Como poderíamos reverter este problema?
Um bom começo é conduzirmos nossas crianças de tal forma que o alinhamento de condutas contemple fome e desejo nos mesmos pontos de partida e chegada.
[Fonte: Veja.com.br]