Momento-quarentena.
Nesses tempos tão diferentes – e estranhos – não há quem não esteja se perguntando “como vai ser a vida depois que tudo isso acabar?”.
Difícil responder.
O que é claro para todos é que, diante do inimaginável, surgiram três correntes de pensamento: a dos otimistas, a dos pessimistas e a dos céticos.
Os otimistas acham que a reclusão forçada, as privações e outras dificuldades pelas quais passamos agora (e no futuro) vão nos levar a um sentimento mais solidário, fraterno e humano.
Os pessimistas são os que mostram o que de pior pode existir em uma pessoa em momentos de crise. Quando chega, por exemplo, a notícia de que localidade A ou B entrou colapso por conta da covid-19 (o que significa que não existem mais respiradores para pacientes e equipamentos de proteção para a equipe), essas pessoas, facilmente, perdem a cabeça e passam a agir de forma bastante egoísta.
Fecham a lista os céticos, aqueles que consideram que – ao término da quarentena – ao voltarem para “a vida de antes”, irão descobrir que ela não era, afinal de contas, lá essas coisas.
Independente do grupo no qual nos encaixemos, fato é que muitos, realmente, não terão a vida de antes de volta. Porque se foram, no rastro do novo coronavírus, pessoas, bens e empregos.
Por ora, a única certeza é a de que quando essa “poeira”, já baixada, for apenas triste lembrança, saberemos que – independente das correntes de pensamento que dividem um país polarizado – a realidade de uma epidemia se sobrepõe a qualquer discurso.
[Fonte: Blog do Luiz Perry // Viva Bem // UOL]