Camada de ozônio: faixa gasosa localizada na estratosfera, composta pelo gás ozônio – único capaz de filtrar a radiação ultravioleta do tipo B (UV-B), nociva aos seres vivos – que pode ser degradado pela ação de substâncias como os CFCs (clorofluorocarboneto, composto que contém cloro e flúor, antigamente usado como aerossol e gás para refrigeração).
Você já leu / ouviu essa definição por aí diversas vezes, não?
Muito bem, um estudo realizado por pesquisadores do Reino Unido identificou não só um aumento do CFC na atmosfera terrestre como, também, descobriu sua origem.
A China.
Ou melhor, as províncias do leste do país.
Em 1987, países signatários do Protocolo de Montreal – um acordo global – assinaram o referido documento comprometendo-se a proteger a camada de ozônio por meio da redução de produção e comercialização de substâncias consideradas responsáveis pelo dano (entre elas os CFCs, incluindo o CFC-11).
Porém, pesquisas realizadas, em 2018, pela ONG internacional Agência de Investigação Ambiental indicaram que a China não estava obedecendo ao acordo e, de fato, era a fonte das emissões de gases ilegais.
Sim, ilegais.
Depois que cientistas identificaram e mostraram ao mundo (na década de 1980) um buraco de quase 30 milhões de quilômetros quadrados na camada de ozônio – em cima da Antártida – o uso dos CFCs foi proibido no mundo.
Mas a China não obedeceu.
Em investigação recente, pesquisadores descobriram que o “Dragão Asiático” usa produtos químicos ilegais em espumas de isolamentos de poliuretano produzidas por várias empresas. E um comerciante local revelou que o CFC-11 é utilizado em 70% dos produtos domésticos do país.
O motivo: o gás em questão é muito mais barato que as alternativas.
Assustador, não?
Autoridades chinesas disseram que já começaram a refrear a produção e que, em novembro passado, diversos chamados “fabricantes desonestos” foram presos na província de Henan.
Com eles foram encontradas 30 toneladas de CFC-11.
[Fonte: G1 // Natureza]