Já reparou que, quando queremos dizer que um travesseiro é muito bom e anatômico, falamos que ele foi “feito na Nasa”?
Pois é, a brincadeira tem fundo de verdade.
A história começou lá em 1966, exatamente três anos antes de pisarmos na Lua pela primeira vez.
A pedido da agência espacial norte-americana, os pesquisadores Charles Yost e Chiharu Kubokawa desenvolveram um material para melhorar a segurança dos assentos das aeronaves.
O primeiro nome de batismo para a invenção foi "espuma lenta de retorno". Depois, a novidade passou a ser chamada de “espuma temperada”.
Começava ali o que hoje conhecemos como espuma de viscoelástico.
O quê..elástico???
Viscoelástico!
É uma espuma que tem memória sensível à temperatura e é fabricada a partir da combinação de dois produtos químicos: o poliuretano e um agente de sopro (como água ou hidrofluorocarboneto). É este último que, quando injetado no polímero, se transforma em espuma.
Uhmmm...e qual o grande “pulo do gato” dessa espuma?
O diferencial é uma estrutura sólida que tem célula aberta.
Hãn?
Calma que você já vai entender...
Ao contrário das espumas tradicionais – que, ao serem comprimidas, voltam à forma original imediatamente – nesta, as células individuais têm buracos que se comprimem completamente e espalham sua pressão de ar pelas demais, que estão ao redor.
A referida tecnologia distribui a pressão ao longo de um maior número de células da espuma, o que faz com que a reação do travesseiro à pressão da cabeça seja diminuída.
É por isso que a espuma de memória reduz os pontos de pressão, demora mais para voltar à condição inicial, logo – vamos dizer – se adapta melhor ao corpo humano.
É por isso que convencionou-se dizer que, quando um travesseiro é fofo, muito bom, ele veio diretamente da Nasa.
Compreendeu?
[Fonte: UOL Notícias // Tecnologia ]