Quando você estava lá escola aprendeu que, por meio da fotossíntese, as plantas produzem seu próprio alimento, certo?
Por meio da luz solar – que é usada como fonte de energia – elas, as plantas, sintetizam moléculas orgânicas a partir do gás carbônico (CO2) e da água e o subproduto disso é...?
O oxigênio (O2)!
Pois é, mas, no referido processo, existe uma falha evolutiva. A enzima que captura o CO2 – chamada de RuBisCo – às vezes pega uma molécula de O2 por engano.
Qual a consequência disso?
Um grande gasto de energia por parte da planta para corrigir o erro!
Para você ter uma ideia do impacto do problema no processo físico-químico, a nível celular, realizado pelos seres vivos clorofilados, a ‘fotorrespiração’ (o nome científico dado ao engano) reduz a eficiência da fotossíntese em até 50%!
E por que essa redução é tão assustadora?
Por que, vale lembrar, sem a fotossíntese, não haveria alimento para os seres vivos na Terra.
Diante de tal realidade, o pesquisador Donald Ort, da Universidade de Illinois, reuniu sua equipe para interferir efetivamente no processo e corrigir a fotorrespiração.
Usando engenharia genética, os cientistas criaram um atalho que reduziu o gasto energético. Tal providência fez sobrar mais energia para a fotossíntese, o que – adivinha? – bombou (em laboratório, óbvio), o rendimento das safras. Foi um ganho de 40% na produção!
Nada mal, não? Eis a superfotossíntese! Uma ótima ferramenta para a agricultura!
Agora os pesquisadores querem ir a campo e aplicar a descoberta que fizeram em plantações de soja, tomate, arroz e batata.
É mais alimento na mesa dos cidadãos! As lavouras do mundo agradecem!
[Fonte: https://www.carlostrentini.com.br]