Essa é para aqueles que sustentam a ideia de que bebida alcóolica em excesso resulta “apenas” em uma ressaca infernal no dia seguinte.
Bem sabemos que, a longo prazo, o hábito pode resultar em problemas sérios de saúde como, por exemplo, a cirrose. Mas um estudo recente, publicado por pesquisadores da Universidade Rutgers (EUA), no periódico "Alcoholism: Clinical & Experimental Research" veio revelar ao mundo que o consumo de grandes quantidades de álcool pode causar mudanças no DNA das pessoas e, assim, gerar um círculo vicioso.
Por quê? Porque o costume pode levar a ter ainda mais vontade de beber.
Para chegar a tal conclusão, os pesquisadores analisaram os genes de três “categorias” de consumidores de álcool: os moderados, os excessivos (aqueles que bebem constantemente) e os chamados "binge drinkers" (que bebem uma grande quantidade de álcool em curto espaço de tempo.
Qual foi a conclusão?
A de que os dois últimos grupos (os excessivos e os “binge drinkers”) contavam com dois genes modificados – sob influência do álcool – e isso acontecia por meio de um processo chamado metilação.
O que se observou nos voluntários estudados foi que as mudanças genéticas resultaram em mudanças no relógio biológico do organismo, no sistema de resposta ao estresse e – o mais preocupante – em uma flagrante fraqueza diante do álcool.
O processo identificado foi o seguinte: as pessoas buscam mais pela bebida quando se sentem estressadas. Cria-se aí o círculo vicioso que já citamos lá no começo: quanto mais bebe-se álcool, maior será a necessidade de ingerir a bebida.
Preocupante, não?
A ingestão descontrolada de álcool deve ser observada bem de perto.
Pode fazer estrago, muito estrago. Na saúde e na vida das pessoas.
[Fonte: G1 // Ciência e Saúde]