Pesquisadores apresentam remédio que se mostrou eficaz na redução do declínio neurológico em portadores do Mal de Alzheimer

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) dão conta de que, hoje, o Mal de Alzheimer é responsável por 60% a 70% dos casos de demência (grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais).

Em números absolutos significa dizer que 47 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo e que são registrados 10 milhões de novos casos a cada ano.

Dizem os pesquisadores que, até 2050, este número pode triplicar.

Assustador, não?

Pois bem, mas há boas notícias no horizonte. Ainda sem cura conhecida pela Medicina, a Ciência acaba de encontrar um potencial inibidor para a evolução do Mal de Alzheimer.

Trata-se de um medicamento (ainda em fase de testes) que pode – ao que parece, efetivamente – retardar a perda da clareza de raciocínio e da memória.

Segundo as empresas que desenvolveram a droga experimental (Eisai e Biogen), o anticorpo monoclonal BAN2401 apresentou aumento de eficiência – em torno de 26% a 30% – na tarefa de reduzir o declínio neurológico (memória e cognição) de pacientes com a forma leve da doença (em comparação com o placebo).

Mas o que é, exatamente, o anticorpo monoclonal BAN2401? 

Trata-se de uma proteína do sistema imunológico projetada para remover placas amiloides (beta-amiloide) do cérebro.

Para averiguar se o referido composto seria eficiente contra o Alzheimer (e em qual dosagem), os pesquisadores administraram cinco doses, a cada 15 dias, em 856 pacientes com declínio cognitivo leve ou Alzheimer inicial.

O que os resultados indicaram?

Que a dose mais alta do tratamento – que corresponde a 10 miligramas por quilo – foi a que mostrou melhores resultados em retardar os sintomas da doença ao longo de 18 meses de acompanhamento.

Que excelente notícia, não?

Considerando-se que a doença em questão é incurável, receber o diagnóstico precocemente pode fazer – absolutamente – toda a diferença, visto que o tratamento ajuda a impedir o seu avanço e amenizar os sintomas.

No cenário atual da Saúde brasileira, o Alzheimer figura entre as dez causa-mortis e constitui problema que afeta 1,2 milhão de pessoas.

[Fonte: Veja.com]