Estudo holandês aponta “padrão injusto” no clima do planeta: os que menos contribuem para o aquecimento global são os que mais sofrerão seus efeitos

Eis mais um capítulo sobre as reviravoltas do clima no planeta.

Um novo estudo – publicado na revista Science Advances – revelou que, para cada grau de aquecimento global, os níveis de variabilidade de temperatura aumentarão em até 15% no sul da África e na Amazônia, e até 10% na Índia, no Sudeste Asiático e no Sahel (área que fica entre o deserto do Saara e o Sudão).

Pois, o dado é mais triste ainda porque, apesar de – historicamente – as nações desenvolvidas terem sido as maiores emissoras de gases efeito estufa, quem serão os atingidos com mais força pelos resultados extremos das mudanças climáticas?

Aqueles que menos contribuíram para isso: os países mais pobres e despreparados.

“Os países que menos contribuíram para a mudança climática e têm o menor potencial econômico para enfrentar os impactos estão enfrentando os maiores aumentos na variabilidade de temperatura. O padrão é injusto”, disse em comunicado o principal autor do estudo, Sebastian Bathiany, da Universidade de Wageningen, na Holanda.

O estudo ainda revelou que a maior parte das variações de temperatura (nas regiões indicadas) está associada a secas rigorosas, o que constitui uma ameaça a mais para o abastecimento de alimentos e de água.

[Fonte: Exame.com]