Você já deve ter ouvido / lido por aí que, na vida, mais importante do que o objetivo alcançado é o conhecimento que se adquire no caminho dessa realização.
É a mais pura verdade. Os cursos que versam sobre gestão não cansam de repetir: lograr um intento é ótimo, mas é só a conclusão de uma longa jornada de aprendizados. Estes, sim, são a “jóia da coroa”.
E vale, de fato, para qualquer novo conhecimento que se pretenda adquirir, inclusive treinamentos do corpo, como....nadar.
- Nadar? Explica isso aí direito!
Ok, a gente te explica.
É que – salvo os que já saíram dos ventres de suas mães em mini versões de golfinho – o ato de mover-se na água (ou sustentar-se sobre ela) usando recursos do próprio corpo requer treinamento para que o aprendizado aconteça.
Porém, o ensino da natação tem sido marcado por uma sistematização de rotinas que trazem em seu bojo sequências pedagógicas compostas por conteúdos pré-determinados, voltados para o aprendizado técnico dos quatro estilos da natação competitiva.
E qual é o problema disso?
A questão é que, ao contrário do que dissemos lá no começo, o ensino da natação tem sido focado no produto final, sem que o processo do aprendizado seja vivenciado em toda a sua plenitude.
O resultado disso é um treinamento que despreza aspectos como a etapa de desenvolvimento da habilidade do nadar em que o aluno se encontra, sua faixa etária, seus interesses e possibilidades físicas particulares.
Considerando-se que metodologias de instrução devem prezar exatamente por tais singularidades a fim de que a aprendizagem aconteça e o conhecimento fique sedimentado, é fundamental que o foco do ensino passe a ser o processo do aprender a nadar e não o seu produto.
E vale para todas as modalidades compreendidas pela Educação Física.
[Fonte: Portal da Educação Física]